sábado, 30 de maio de 2009

QUE NEM MINHOCA EM TERRA QUENTE

O assunto que vou abordar agora é não menos interessante que o anterior mas, muito diferente, eu nunca havia pensado nele até conversar com uma colega.
Gosto de conversar com ela, pois tratasse de uma moça com lindos olhos, muito simpática e que torna todos os assuntos interessantes, pois a conversa com ela flui. Um dia desses estávamos conversando sobre a sua vida social e ela comentou comigo que quando saia gostava de observar as pessoas dançando, principalmente musica eletrônica, porque todas têm diferentes maneiras de “dançar”.
Depois desse dia toda vez que eu saio passei a observar as pessoas dançando, e como é interessante ver a maneira que cada um tem de interpretar o ritmo, uns comedidos outros mais espalhafatosos, mas todos se balançando, ou melhor, dançando.
Comecei a me observar já que eu também faço parte dessas pessoas que saem e dançam e olha que a bebida muitas vezes influência na inibição das pessoas. Mas depois que passei a observar estes fatos, ficou muito mais divertido sair à noite, o interessante é as diferentes formas que as pessoas interpretam um mesmo ritmo, rebolam, se balançam de um lado pro outro, levantam os braços, fazem caretas e biquinhos, erguem a perna, descem, sobem e por ai vai, tem uns até que quando dançam como diz um amigo meu, “parece minhoca em terra quente” de tanto que rebola.
E todos fazem isso, você deve estar lendo e pensando, eu não sou assim, mas é todos somos assim.
Passem a observar a todos e a vocês mesmo quando saírem, eu garanto que vão se divertir muito mais!!!

terça-feira, 12 de maio de 2009

UM MONSTRO CHAMADO MATEMÁTICA

Para determinadas crianças, adolescentes e até mesmo adultos a matemática é apavorante e angustiante. Responsável pela maioria das frustrações em provas e concursos, ela é o bicho papão da maioria dos níveis escolares e na maior parte dos concursos, destacando-se, muitas vezes, como classificatória entre aprovados e reprovados.

A ORIGEM DESSA CONCEPÇÃO

Creio que o medo da matemática já vem da base do aluno em suas series iniciais, onde muitos desses são forçados a decorar a tabuada o que pode interferir para uma idéia negativa sobre matemática. Se o aluno erra uma conta e vai mal ou não decora o que deveria, pode ficar marcado para o resto de sua vida, dependendo da postura do professor. O professor das series iniciais pode causar, no aluno, alguma represália à matéria. Na maioria dos casos, os professores da primeira até a quarta série do ensino fundamental são pedagogos e nem sempre simpatizam com a matemática ou não tiveram um aprofundamento mais didático quanto ao conteúdo do calculo propriamente dito. Isso pode interferir negativamente nos primeiros contatos dos alunos com essa disciplina. A forma como é apresentada a matemática a partir daí, pode desenvolver um certo receio do aluno para com a matéria.
O que pode se agravar quando na 5ª serie o aluno já passa a ter um professor diferente para cada matéria, o que o deixa bastante inseguro e a partir disso, a matemática começa a tomar o rumo de uma das disciplinas mais odiadas dos alunos. Junto a isso pode também colaborar para o receio dos alunos para com a matéria que as vezes, por exigir atenção e por sua matéria não ser a mais popular do colégio, o professor ganha a fama de ruim, de mal por ralar os alunos e responsabilizado por suas notas baixas.
Nas series finais do ensino fundamental o receio quanto a matemática ganha mais um aliado o conhecimento algébrico: já era difícil só com números e agora com letras a compreensão fica quase que impossível, para muitos alunos.
No ensino médio não é diferente os alunos recebem comentários de amigos ou colegas de que já ouviram falar que a matemática é difícil e que reprova muitos. Além disso, a inquietação da idade também colabora para que o aluno não se entregue a aula como deveria ser. Logo começa o acumulo de conteúdo e os alunos a estudar para as provas, preocupando-se apenas com o suficiente para passar e não para obter o conhecimento.
Com isso, de um ano para o outro ficam lacunas, ou porque não deu tempo de ver a matéria, ou porque o tempo foi pouco, ou porque quando chegou nessa parte da matéria o aluno já estava passado e não precisava de nota para ir adiante na escola. Para Pinheiro (2009, p.00), “O interesse e o esforço tendem a diminuir à medida que o aluno se pergunta que serventia tem aquilo que o professor lhe ensina.”
Já depois de terminado os estudos na educação básica todos ficam felizes porque “nunca mais” vão ver essa matéria, que isso é coisa do passado, mal sabem que o fato de eles não terem feito um ensino fundamental e médio fortes a dificuldade vai lhes acompanhar pelo resto de suas vidas.
Atualmente vivemos a era dos concursos: são vestibulares, concursos públicos e seleção para empregos que necessitam de conhecimentos matemáticos. Neste momento começa o desespero de todos, que se perguntam: “Como eu vou fazer isso? Como vou passar?”, apavorados na quantidade do conteúdo que tem que estudar e revisar.
Como poderíamos mudar o conceito da maioria dos alunos perante a matemática? E como desmistificar a matéria, aproximar mais as pessoas do conteúdo e até mesmo desenvolver o gosto das pessoas por ela?

NOVAS PERSPECTIVAS

Novas atitudes no ensino fundamental deveriam ser a prioridade, pois o que vamos ensinar aos alunos de lá ficará certamente guardado para o resto de suas vidas e servirá de base para sua formação como pessoa.
Para isso a figura do professor é fundamental, pois é ele quem vai propor e desafiar os alunos trazendo materiais atualizados, que tenham ligação com o dia a dia do aluno. Assuntos em que o aluno terá contato fora da sala de aula, fazendo assim que ele a qualquer momento do dia possa estar relembrando a explicação dada pelo professor.
O professor deve ter a sensibilidade de trabalhar e mostrar ao aluno que a matemática está presente no nosso dia a dia. Que ela está em qualquer ato que possamos fazer, por mais simples e comum que ele seja, tais como: tomar banho, ir à escola, jogar bola, onde são inúmeros os assuntos que podem ser abordados. Lemos (2005, p....) escreve: “Se a matemática fosse ensinada de outra forma, que não na base da decoreba, as pessoas aprenderiam que ela é muito mais que números. Ela é útil para a vida.”
Imaginem um aluno chegar ao ensino médio com toda essa consciência e esse pensamento sobre a matemática? Com certeza este seria um aluno que não iria ter preconceito algum com a matéria e que também exigiria muito mais do seu professor, fazendo assim com que o próprio professor se preparasse melhor para as aulas e se mantivesse rigorosamente atualizado. Para Lemos (2005, p....), “As pessoas precisam ver a matemática de outra forma. Ninguém consegue viver sem a matemática. É isso que o professor precisa mostrar aos alunos.”
Esse aluno chegaria ao ensino médio curioso para saber o que mais o professor tem a lhe mostrar sobre a matemática, ele chegaria ao ensino médio aberto para absorver e viver o conhecimento e não apenas para retê-lo para as avaliações.
O ensino médio como é curto, são apenas três anos, ele é mais ou menos uma transição da infância e adolescência para a vida adulta e universitária, em que a pessoa já escolhe uma profissão que gostaria de exercer ou muitas vezes fica buscando, através de concursos, um emprego que vá lhe oferecer estabilidade financeira.
Na maioria das vezes o candidato terá pela frente a disciplina de matemática, e tendo feito um ensino fundamental e médio fortes, provavelmente irá se preocupar apenas com a matéria especifica do concurso, pois se aprendeu que a matemática tem relação com o seu dia a dia, a todo o momento saberá fazer a associação da matéria com fatos em que vive.
Outro fator que muitas vezes dificulta o bom desempenho dos alunos e das pessoas em provas de matemática é a interpretação de texto, sendo indispensável ter o domínio das palavras. Muitos sabem calcular, mas não sabem montar uma equação dada em um problema. E isso derruba a teoria de muita gente que acha que para saber a matemática é preciso apenas dominar os números e calcular.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É preciso que o professor tenha tempo para se manter atualizado, mas não apenas através de leituras de livros ou em cursos oferecidos pelas secretarias de ensino, estes, muitas vezes, ultrapassados ou sem utilidade para a prática em sala de aula.
O professor deve ter contato e participar mais de congressos, reuniões regionais de faculdades e ter o contato com os estudantes e futuros colegas das suas áreas, pois esses a pouco deixaram de ser alunos e tem um conhecimento que professores com dez ou vinte anos de bagagem prática muitas vezes não tem. Estes oriundos do ensino médio sabem como pensam, como falam e qual as maiores duvidas dos alunos atuais.
O conteúdo em si mudou pouco do que era trabalhado há dez anos atrás continua sendo o mesmo, o que mudou é o pensamento do aluno, suas manias e vontades.
Isso sim se chama atualização.